segunda-feira, 28 de maio de 2012

Gosto: Cada um tem o seu!

Estava há dias pensando qual seria o assunto desta minha publicação. Juro que vieram uns dez temas para serem discutidos aqui, quero dizer, desabafado e analisado. Dentre vários assuntos, talvez o de hoje seja o mais polêmico e complicado de tecer algo sem ferir o sentimento de alguns.
Todos possuem direito de amar? Correto? Sim, até aí correto. E qual a dificuldade de heterossexuais e homossexuais viverem em paz? Por que o que vemos hoje em dia é a homossexualidade sendo imposta aos padrões sociais. E onde está o direto de opinião? De gostar ou não gostar do comportamento dos "gays"?
Sempre respeitei a opção sexual de cada um, sempre achei que existe várias formas de expressar o amor, sendo ela errada ou não. Conheço muitos amigos que fazem parte do GLBT  e me dou bem com todos, porém, quantos e quantos me perseguem e querem me fazer aceitar o comportamento deles à força? Não respeitar a opinião também poderia ser caracterizado como crime, pois está previsto na CF88.
O que deve ser rechaçado não são aqueles que não aceitam e que não encaram com bons olhos, mais aqueles que partem para agressão física e para o homicídio, esses sim, devem sofrer penalidades, como quaisquer criminoso.
Mas, que crime há em não aceitar que kit's educativos com teor homossexual circule nas escolas municipais, estaduais, particulares? Será que a maior e mais antiga instituição, que é a família, não tem mais direito de escolher o que se deve ou não ensinar às suas crianças?
O problema em questão não é o tipo de amor, mais a falta de valores. Como hetero que sou, também me envergonho de alguns comportamentos exarcebados de demonstração de afeto. Acho que o amor de uma certa forma, sem generalizar, está sendo banalizado. Amemos, porém, no sentido mais amplo da palavra. RESPEITANDO A OPINIÃO de outrem.
Respeitando que as pessoas podem sim, não aceitar presenciar numa tarde de domingo no shopping, um beijo lésbico.Não do jeito que querem que aceitem, na força, no fórceps. A idéia de aceitação surge mais fácil quando não é imposto, quando vem através de doses homeopáticas.
Chego a pensar que o que estamos passando é um estupro social. Crianças já podem ser adotadas por casais homoafetivos, uniões já podem ser feitas. Enquanto a isso tudo bem. Mas, beijos e amassos ao ar livre não é aceitava para ambos os casos.
Mas, o que querem fazer é criminalizar a opinião social.
Não gosto, não quero e por isso sou criminoso?
Perderam a noção de tudo que pode ser considerado crime? Se o direito de amar está ferido, que dirá o direito de opinar!
Homofóbico não é aquele que não aceita. É aquele que além de não aceitar, agride e mata!
Lembrando que: é LIVRE a manifestação de pensamento, assim como, é INVIOLÁVEL a liberdade de consciência dispostos no art. 5º da Magna Carta.
Por isso, antes de apontar um dedo e taxar quaisquer pessoa de criminosa, reflita sobre quem cometeu o crime primeiro!


terça-feira, 15 de maio de 2012

Por favor, enterrem nossos mortos e não a nossa história

Algum jovem pode responder uma pergunta? Qual o acontecimento histórico dos últimos 35 anos mais importantes na história do Brasil? Enganam-se os que falam que foi a vitória do Brasil na Copa de 1970, sagrando-se tricampeão mundial. Não é de se espantar, que muitos jovens até hoje encontram-se submersos na ignorância política e histórica do Brasil. Realmente, o Brasil, ou melhor o Estado brasileiro, não possui interesse em trazer à tona tudo o que ocorreu no início dos anos 70. Este não é o tipo de assunto que os adolescentes estudam no ensino médio.
Para conhecimento e resgate de alguns jovens do lodo do esquecimento, a  guerrilha do Araguaia planejada desde 1966, colocada em prática em 1970 e descoberta e divulgada pelas Forças Armadas em 1972, foi o acontecimento histórico mais injusto e mais obscuro da história não somente do Brasil, mas da própria Força Armada, mais precisamente, do Exército Brasileiro. Guerrilha conhecida como: "Batalha dos 100 contra 20 mil". A divulgação maior para população do Pará foi intitulado como "União pela Liberdade e pelo Direito do Povo" No entanto, a necessidade dos jovens comunistas da época em se enquadrar no perfil socialista mundial, fez com que a divulgação fosse feita em cima do jargão: " Igualdade pelos Direitos do Povo".
Uma igualdade que muitos guerrilheiros não tiveram a chance de conhecer. Lutaram contra os algozes, os assassinos dos direitos fundamentais da sociedade brasileira. Não somente lutaram, mais morreram pela liberdade e pela revolução. Alguns nem sequer tiveram a chance de serem enterrados devidamente. Seus restos mortais, até hoje continuam uma incógnita aos familiares. Qual interesse em ocultá-los? Quem disse, que os mateiros da época que agiam sob forte ameça bélica não sabem onde encontrar o corpo de Jaime e Lúcio Petit da Silva? E tantos outros, que simplesmente sumiram do convívio dos seus familiares e tiveram seus sonhos sequestrados e chacinados pelos então, poderosos do governo brasileiro.
O Brasil foi condenado por uma sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA por reparação a família dos mortos da Guerrilha. Isso em 2010. Em 14 de Dezembro de 2012, completasse 2 anos de condenação e nada foi feito! Entre as determinações da OEA está a investigação, a punição dos responsáveis pela tortura, homicídios, desaparecimentos forçados e identificação e entrega dos restos mortais dos desaparecidos aos familiares.
Vale ressaltar que até hoje ninguém se mobilizou realmente a cumprir esta sentença de condenação, nem a própria presidente Dilma, que sofreu na pele torturas desumanas e cometeu crimes políticos se compadeceu das famílias, que poderia então, ser a sua! Afinal, para os jovens que não sabem, a presidente da república cometeu assaltos e sequestros e foi anistiada, ou seja, não foi julgada pelos crimes cometidos. E agora, está à frente do Brasil, e que deve explicação à sociedade brasileira.
O Exército mediu esforços para procurar os restos mortais dos guerrilheiros desaparecidos, mas como irão achar, se foram eles que ocultaram os corpos? Uma ação no mínimo paradoxal enfrentada pelos comandantes e pelos políticos que ainda estão ativos no cenário obscuro do Congresso Nacional.
Se o Brasil não se preocupa com a condenação da corte da OEA, imaginem a sociedade imatura? A sociedade dos jovens, que só querem fazer a Marcha da Maconha. Realmente, não se "fazem" mais jovens como antigamente.
Enquanto isso, o cemitério de Xambióa continua silencioso e seus mortos, só pedem para serem enterrados como cidadãos que lutaram pelo bem estar nacional.
Termino esta publicação lembrando da frase da camisa da irmã de Jaime e Lúcio, Laura Petit: "A ÚNICA LUTA QUE SE PERDE É A QUE SE ABANDONA".
 Luta essa que a então presidente abandonou quando conseguiu se eleger. Mas, não esqueçamos: Dilma, poderia ser você!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Anencéfalos e o Direito à Vida


Era uma vez, uma Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988...
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,à segurança e à propriedade..."

Hoje percebo que estudo uma coisa que jamais poderei colocar em prática. Até onde tudo isso é válido?
Tão poético ler o caput do art.5º. Todos são iguais perante a lei? São? Quer dizer que por sermos iguais perante a lei, criaram as cotas para negros nas IES? E depois dizem que o racismo é crime? E ninguém lhes disse que são os primeiros a cometerem este crime? Afinal, acham que os afrodescendentes não possuem capacidade suficiente para concorrer a uma vaga de igual pra igual com os "brancos" (se é que no Brasil, pode-se dizer que tenha a raça branca e pura) 
Enquanto a garantia da inviolabilidade à vida? São tão profundas essas palavras. Será que sabem o real significado delas? Garantia nada mais é que uma segurança oferecida a alguém ou alguma coisa. Temos garantias de quê? E os fetos anencéfalos tem garantia de quê? De serem arrancados do ventre de uma mãe que não quer ser responsável em dar a luz, para um ser que para ela, é uma aberração da natureza? Qual garantia esses pequenos indefesos terão, garantia de serem descartados como lixo? E o Estado, a bela Constituição, deixará isso acontecer? Então, se a realidade não está descrita em suas linhas, por que não convocam uma outra Assembléia Nacional Constituinte originária e não revisora, para deixarem descrito os reais interesses do Estado? 
São tantas indagações, tantos momentos de desilusão, de conflitos internos e pior, sei que ninguém terá a capacidade sincera de responder-me tudo isso. Não creio que tudo irá melhorar. Só creio sinceramente que este circo, a população na arquibancada ainda irá bater palma para os palhaços que dirigem este espetáculo.
Era uma vez uma linda história que mais parecia um romance, os leitores até chegaram a acreditar que pudesse ser tudo a mais pura realidade. Mas, perceberam que este romance não passa de uma pura ficção científica.
O direito à vida será que existe ou sempre existiu? Será que o Estado ser laico ajuda-nos em alguma coisa? Será que um Deus em comum não evitaria tantas atrocidades? Afinal, religião é a principal fonte de proteção ao sopro que todos recebemos ao sermos gerados. Sopro de amor, de vida e de esperança.